Nem sempre te inspiro
inteira pelos poros,
nem sempre te sustenho
numa asa de suspiro,
nem sempre te sustento
a estima a esmolas,
nem sempre te retenho
enquanto respiro,
nem sempre te provoco
a dor sem demoras,
nem sempre te concebo
sempre comigo,
nem sempre te reclamo
a cabeça no fim,
nem sempre te concedo
o prémio perdido,
nem sempre te proclamo
e prolongo em mim,
nem sempre te sacio
todos e todos os dias,
porém é sempre, sempre a ti
que volto, evoco e insisto!
E neste registo monstro
mostro mimos mínimos ditos
tímidos à mercê do conflito:
– Cada vez que te nego é uma
vez mais que te quero, te cobro
e te aprovo no colo e no peito
e é mais uma vez que te
venero e espero satisfeito e
impotente. Inequívoco aqui.
Na fonte de fogo pendente.
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